Doenças de Inverno
Com a temperatura baixa, várias doenças passam a atormentar
o organismo. Vírus e bactérias se aproveitam dos lugares fechados para se
espalhar, atingindo principalmente o sistema respiratório. Conheça as
principais doenças de inverno e saiba como se prevenir.
Resfriado
Trata-se de um problema bastante comum que acomete as vias
aéreas superiores — especialmente o nariz. Desencadeados por diversos vírus,
como rinovírus, parainfluenza e alguns tipos de adenovírus. Eles acabam
agredindo a mucosa do nariz e, como resposta, o organismo ordena a produção de
muco para eliminá-los. Os sintomas, bem mais brandos do que os de uma gripe,
são espirros, congestão nasal e coriza.
Não há remédio específico para os vírus do resfriado. Os
medicamentos usados — como os descongestionantes nasais — combatem os sintomas
até que o sistema imune se encarregue de abafar os invasores. Ficar de repouso
pode ajudar.
A melhor forma de evitar a contaminação pelos vírus é fazer
uma correta higiene das mãos e do nariz. Um estilo de vida saudável ajuda a
fortalecer o sistema imunológico, tornando-o mais eficiente para expulsar
qualquer vírus ou bactéria.
Gripe
É um problema respiratório causado pelo vírus influenza.
Para conter o vírus, o sistema imune dispara uma reação inflamatória. O corpo
todo participa desta reação – por isso as dores e a sensação de moleza. Os
sintomas da gripe podem ser tosse, secreção nasal, dor de garganta, febre alta,
cansaço, dor de cabeça e pelo corpo.
Os remédios usados contra a gripe atenuam os sintomas, como
os antitérmicos, os analgésicos e os descongestionantes nasais. Casos mais
graves exigem internação para evitar complicações, como pneumonias. A gripe
pode ser mais intensa – e por isso exige maiores cuidados – para bebês, idosos
e pessoas com o sistema imune debilitado.
Para se prevenir contra gripes é importante lavar sempre
muito bem as mãos, evitar o contato com pessoas com sintomas da gripe e, se
possível, não frequentar locais fechados e cheios de gente.
Rinite
É a inflamação da mucosa que reveste o nariz. Normalmente é
alérgica: o organismo encara moléculas presentes na poeira e no mofo, por
exemplo, como inimigos, e desencadeia uma reação alérgica. Como não é possível
eliminar completamente aqueles elementos que atiçam as defesas do corpo, o
nariz torna-se uma região constantemente inflamada. Vírus, bactérias e fungos,
além de fatores irritantes não alérgicos, como odores fortes, também podem
desencadear a inflamação. Os sintomas são: Coceira e irritação no nariz,
coriza, espirros e congestão nasal.
Para o tratamento é possível lançar mão de medicamentos
antialérgicos, mas manter o ambiente sempre limpo e arejado é essencial para
controlar o problema. No caso da rinite bacteriana ou viral, o mais comum é que
o quadro evolua, levando a outros tipos de inflamação, como sinusite ou otite.
Para se prevenir evite locais pouco ventilados, onde há
acúmulo de poeira e mofo. O tratamento preventivo, com medicamentos, deve ser
prescrito por um especialista caso seja necessário.
Sinusite
É a inflamação ou infecção dos seios da face, as cavidades
que ficam no interior dos ossos, ao redor do nariz, da maçã do rosto e dos
olhos. O processo infeccioso pode ser desencadeado por diversos fatores, como
alergia, fungos, vírus e bactérias. Normalmente a sinusite bacteriana surge
depois de uma gripe, muito comum neste período do ano. Os sintomas da sinusite
são: Obstrução nasal, dor de cabeça, dor no rosto, coriza, tosse, alteração ou
ausência do olfato.
O tratamento varia de acordo com a origem. Para afastar uma
sinusite alérgica, por exemplo, não adianta investir em remédios se o paciente
continuar exposto aos fatores que causam a alergia. No caso da viral, é
possível amenizar os sintomas com antigripais e descongestionantes – sempre com
prescrição médica – até que o vírus saia do corpo. Já a bacteriana costuma ser
tratada com antibióticos. Inalação e lavagem do nariz com soro ajudam a aliviar
o incômodo.
Quem sofre de sinusite crônica deve tomar cuidados
preventivos, como beber bastante líquido para se manter hidratado – isso deixa
o muco menos denso, o que facilita sua eliminação. Evitar cigarro e ambientes
muito poluídos também protege a mucosa contra inflamações.
Otite
O problema aflige principalmente as crianças. É
uma inflamação na porção mais interna do ouvido, a chamada orelha média. Ela
surge quando vírus ou bactérias que penetram as vias respiratórias conseguem
migrar para a orelha. Os agentes por trás da gripe e do resfriado e a bactéria
pneumococo, que também causa a pneumonia, estão entre os principais vilões. Num
quadro de otite, o processo inflamatório vem acompanhado do acúmulo de
secreções purulentas e, claro, das dores. Os sintomas são dor de ouvido e
febre.
O tratamento consiste em combater o micro-organismo que
disparou o problema. Assim, se a otite foi uma complicação de uma gripe,
deve-se ficar de olho no vírus influenza, usando, se necessário, drogas
antivirais, analgésicos e anti-inflamatórios — tudo sob orientação médica. Caso
bactérias estejam por trás da encrenca, a ordem é recorrer aos antibióticos.
Bronquite
Trata-se da inflamação dos brônquios, uma espécie de tubo
que sai da traqueia para conduzir o ar até os pulmões. O problema pode ter
origem alérgica ou serem deflagradas por vírus e, mais raramente, bactérias.
Quando o sistema imune dá bobeira, uma gripe é capaz de abrir a porteira para a
complicação nos brônquios. Eles ficam mais contraídos e, com isso, a respiração
se torna penosa. Substâncias tóxicas, encontradas no cigarro ou no ar poluído,
também têm potencial para desencadear a bronquite. Os sintomas são: tosse falta
de ar, expectoração excessiva, febre, chiado ou dores no peito.
O tratamento varia de acordo com a causa. Numa crise de
bronquite, os especialistas se valem da inalação e aproveitam a própria via
respiratória para administrar uma lista de medicamentos, como
anti-inflamatórios, broncodilatadores e até antibióticos – caso as bactérias já
tenham se intrometido na história. Se a inflamação dos brônquios tem fundo
alérgico, outras drogas, caso dos antialérgicos, são requisitadas.
Pneumonia
Trata-se de uma inflamação ou infecção que ataca os pulmões,
sobretudo quando o sistema de defesa foi debilitado por outro problema, como
gripe, tuberculose, alcoolismo, fumo, diabete e males do coração. Pode ser causado
por diversos microorganismos, como fungos, vírus, parasitas e bactérias. Uma
vez nos pulmões, esses micróbios se instalam nos alvéolos — estruturas onde
ocorrem as trocas gasosas — prejudicando a respiração. A mais comum é aquela
desencadeada por bactérias pneumocócicas, as mesmas que podem provocar otite ou
sinusite. O começo da pneumonia é bem parecido com uma gripe comum. Os
principais sintomas são febre, mal-estar e tosse. Pode haver respiração curta e
ofegante, além de dores no tórax.
Na maioria dos casos, recorre-se ao auxílio de antibióticos
no tratamento – por via oral ou intravenosa. Até porque pneumonias virais
acabam abrindo alas para bactérias proliferarem nos pulmões. Alguns médicos
também recomendam exercícios respiratórios que ajudam a drenar a secreção.
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